É assustador pensar que se não houvesse pecado não haveria salvação
Eu ia falar do plano de salvação e tudo mais...
Mas simplesmente 3 amigos fizeram o pensamento fluir por um local inexplorado de minha concepção:
Sayro: Então, vamos aproveitar o embalo... o pecado foi algo bom para a humanidade? O paraíso será melhor que o Éden?
Marlon Muito bom seu questionamento, não havia eu pensado nisso... Jesus vai estar lá, né?
Sayro Deus já estava no Éden.
Cristiano Acredito que o pecado não tenha sido bom, porque trouxe sofrimento. E se o paraíso for melhor que o Éden é por pura graça e misericórdia de Deus.
Sayro E se o paraíso for melhor que o Éden, então a queda foi algo bom pois nos levará para um lugar melhor, não? No final das contas, como alcançaremos graça maior, então a queda favoreceu o gênero humano?
Julio O "mal" é necessário. :)
Marlon temo que não tenha sido o pecado que favoreceu, mas a misericórdia e graça de Deus. Onde abundou o pecado, superabundou a graça.
Cristiano Um Bem Maior não necessariamente justifique um Mal Maior. Antes o Éden sem sofrimento que o Paraíso com sofrimento.
Cristiano Se não fosse pela Graça de Deus, a única coisa que teríamos seria a morte eterna, que é a única real consequência da queda. Mas pela graça de Deus somos salvos e então, através de Sua misericórdia, desfrutar o paraíso.
Julio Para o guloso a fome é um "mal" necessário. Para o avarento a "gastança". E por aí vai... O "mal" depende do contexto que estamos imersos.
Sayro "Que diremos então? Continuaremos pecando para que a graça aumente?"
Marlon não né, quando já estamos devendo tanto, não podemos fazer mais despesas, só podemos declarar falência...
Julio "(...) Se temos que viver um vida correta que façamos sem ter o "crédito" de ter o perdão de Deus ao final de tudo. Seriamos hipócritas. Se é para viver a vida "correta" que faça independente da "glória" pois Deus, este é o ser supremo não precisa de "humanos" para ser o que é... ele é acima de tudo isso. Nós humanos que "achamos" que somos seres superiores aos demais e precisamos de "holofotes". De estarmos mais próximos a Deus. Coisa de "ego"."
Raphael Também é assustador pensar que, mesmo existindo o pecado, poderia não haver salvação.
Durma com este barulho
sábado, 30 de novembro de 2013
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Read-me a book!
"Entretanto, eu não reconhecia a diferença entre autonegação e autodestruição.
Autonegação tem a ver com a negação do pecado, a autodecepção e o egoísmo. Tem a
ver com negar tudo aquilo que Deus nos pede que neguemos, seja por meio de
ordenanças bíblicas ou por meio da direção mais personalizada do Espírito Santo.
Autodestruição, por outro lado, tem a ver com negar sentimentos autênticos,
necessidades legítimas, atividades saudáveis e relacionamentos revigorantes dos quais
Deus nunca nos pediu que abríssemos mão."
(Bill Hybels - Revolução do Voluntariado)
Cada parágrafo desse livro é uma pedrada em uma das minhas vidraças...
Durma aos cacos
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Android Cheat Sheet
Navegando pelo oceano de informações encontro umas coisas legais para andoid
*#60# - mostra o IMEI do telefone.
*#0*# - entra no menu de serviços e testes.
*#12580*369# - Mostra as informações de PDA,Phone, H/W, H/W ID, RFCallDAte, CSC
*#9090# - Entra no modo de diagnóstico /ou/ avisa que não tem esse modo e cai no serviço.
*#9900# - Entra no menu de dumps e logs
+TECHNICS
*#60# - mostra o IMEI do telefone.
*#0*# - entra no menu de serviços e testes.
*#12580*369# - Mostra as informações de PDA,Phone, H/W, H/W ID, RFCallDAte, CSC
*#9090# - Entra no modo de diagnóstico /ou/ avisa que não tem esse modo e cai no serviço.
*#9900# - Entra no menu de dumps e logs
+TECHNICS
sábado, 30 de março de 2013
O princípio do alicate
- Oba! Hoje é sexta feira santa, vamos malhar o Judas! Ou não?
- Porque malhar o Judas?
- Não sabe? Ele foi o discípulo que traiu Jesus!
- Sério?
- Sim! Por culpa dele que que Jesus morreu!
-Você tem certeza que a culpa foi dele?
Foi mesmo por causa dele que Jesus morreu?
Vou te contar a verdade porque eu vejo que você acredita em uma mentira.
Jesus morreu para que nós pudéssemos ser salvos, foi o sacrifício perfeito,capaz de perdoar todos os pecados da humanidade, atravéz desse sacrifício, os nossos pecados foram perdoados, nós temos livre acesso a Deus e podemos ser adotados por Ele como filhos. Jesus não morreu só por causa de Judas, Jesus morreu por causa de todos nós! Todos temos culpa na morte de Jesus.
- Tá, mas e o Judas? Ele traiu Jesus!
- Sim, ele traiu, mas se não tivesse feito outro faria...
(Mateus: 26. 24) "Em verdade o Filho do homem vai, conforme está escrito a seu respeito; mas ai daquele por quem o Filho do homem é traido! bom seria para esse homem se não houvera nascido."
(Marcos: 14. 21) "Pois o Filho do homem vai, conforme está escrito a seu respeito; mas ai daquele por quem o Filho do homem é traído! bom seria para esse homem se não houvera nascido."
(Lucas: 22. 22) "Porque, na verdade, o Filho do homem vai segundo o que está determinado; mas ai daquele homem por quem é traído!"
3 dos 4 Evangelhos possuem a frase dita por Jesus, que sabia que ia morrer.
Vou te contar uma história, vou chamá-la de o princípio do alicate
Digamos que eu tenha um alicate nas mãos. Eu sei as funcionalidades todas do alicate, que giram em torno de: segurar. Ele vai segurar, vai deixar firme para eu poder torcer, girar, quebrar... fazer o que eu quiser.
Agora digamos que o alicate saiba que a razão da vida dele é essa. Ele sabe para que foi criado, ele quer cumprir a finalidade dele, fazer o melhor para cumprir aquilo para que foi feito.
Agora digamos que eu precise pregar um prego, e não tenha nada além do alicate... ele vai servir? Vou conseguir pregar o prego com ele? Sim! Vou sim, sofrendo um pouco, batendo alguma vez em falso, mas vou ( já fiz isso).
Me diz, o alicate, sabendo da sua finalidade, vai se sentir bem pregando um prego?
Vamos mudar de objeto, para que serve uma bomba que não explode? Que não funciona quando acionada? Não serve! Vai virar lixo, ser desmontada, virar outra coisa que possa ser usada.
Beleza, voltemos ao tronco principal: Judas era um cara mau, escolhido entre todos os outros, para ser o "homem por quem é traído"
" O SENHOR fez todas as coisas para determinados fins e até o perverso, para o dia da calamidade"(Pv 16.4)
(Romanos: 9. 21) "Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso?"
Judas foi feito por Deus, assim como cada um de nós. Todos fomos criados como maus, e Judas foi escolhido para ser o Judas. Jesus viu no coração dele, que o dinheiro era uma coisa muito importante, que a ambição dele, o levaria à perdição.
Assim como o alicate usado de forma correta, a bomba que explode, o vaso para desonra, Judas foi usado para que Jesus fosse entregue nas mãos das autoridades daquela época, sofresse por nossos pecados e pagasse o preço pelos nossos pecados. Ele já morreu, já está acertando as contas dele com Deus, e nós não precisamos nos meter, o papo é dele com Deus.
Que essa páscoa não seja feita de coelhos e ovos de chocolates, muito menos de Judas espancado e enforcado, que seja a lembrança de que nossos pecados foram perdoados através de uma linda carta de amor, escrita com os pregos rústicos de uma cruz, usando sangue como tinta, e no final assinada: "Com amor, Jesus"!
Durma com este barulho!
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Pra que dormir? (CM10 -> P100L)
Por quê devo eu fazer as coisas que as pessoas normais fazem?
Dormir por exemplo, é opcional né?
Depois de váaaaarias tentativas consegui atualizar meu celular (tablet)
Depois de perder o medinho Dessa vez eu tento de novo...
Desta vez um pouco ousado, fui para a CyanogenMod, instalei alguns sistemas diferentes
todos dando erro, ou era o touch ou o sistema que não ligava, tava uma beleza,
Partiu!
Dormir por exemplo, é opcional né?
Depois de váaaaarias tentativas consegui atualizar meu celular (tablet)
Depois de perder o medinho Dessa vez eu tento de novo...
Desta vez um pouco ousado, fui para a CyanogenMod, instalei alguns sistemas diferentes
todos dando erro, ou era o touch ou o sistema que não ligava, tava uma beleza,
Okay, mais uma vez dormir sem despertador, ficar sem telefone 3 dias...
Muuuuito bom! Instalou o Sistema, achei outro kernel de touch na internet e funcionou!
Agora tem um malditinho de um IMEI me enchendo o saco.
Vamos à busca
---
Sistema que funcionou : cm-10.1-20130106-HumberOS-p1.zip
Kernel que funcionou: boot_p1l.img
---
Curiosidade, descobri como entra no modo de desenvolvimento do Cyanogen
"To enable the developer options settings in CyanogenMod 10 you need to do something quite obscure:
Go to Settings -> About Phone -> click “Build Number” six times in a row."
Agradecimentos ao Google e ao HumberOS que são muito bons!
Partiu!
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
O homem de cabeça de papelão
João do Rio
No País que chamavam de Sol, apesar de chover, às vezes, semanas inteiras, vivia um homem de nome Antenor. Não era príncipe. Nem deputado. Nem rico. Nem jornalista. Absolutamente sem importância social.
O País do Sol, como em geral todos os países lendários, era o mais comum, o menos surpreendente em idéias e práticas. Os habitantes afluíam todos para a capital, composta de praças, ruas, jardins e avenidas, e tomavam todos os lugares e todas as possibilidades da vida dos que, por desventura, eram da capital. De modo que estes eram mendigos e parasitas, únicos meios de vida sem concorrência, isso mesmo com muitas restrições quanto ao parasitismo. Os prédios da capital, no centro elevavam aos ares alguns andares e a fortuna dos proprietários, nos subúrbios não passavam de um andar sem que por isso não enriquecessem os proprietários também. Havia milhares de automóveis à disparada pelas artérias matando gente para matar o tempo, cabarets fatigados, jornais, tramways, partidos nacionalistas, ausência de conservadores, a Bolsa, o Governo, a Moda, e um aborrecimento integral. Enfim tudo quanto a cidade de fantasia pode almejar para ser igual a uma grande cidade com pretensões da América. E o povo que a habitava julgava-se, além de inteligente, possuidor de imenso bom senso. Bom senso! Se não fosse a capital do País do Sol, a cidade seria a capital do Bom Senso!
Precisamente por isso, Antenor, apesar de não ter importância alguma, era exceção mal vista. Esse rapaz, filho de boa família (tão boa que até tinha sentimentos), agira sempre em desacordo com a norma dos seus concidadãos.
Desde menino, a sua respeitável progenitora descobriu-lhe um defeito horrível: Antenor só dizia a verdade. Não a sua verdade, a verdade útil, mas a verdade verdadeira. Alarmada, a digna senhora pensou em tomar providências. Foi-lhe impossível. Antenor era diverso no modo de comer, na maneira de vestir, no jeito de andar, na expressão com que se dirigia aos outros. Enquanto usara calções, os amigos da família consideravam-no umenfant terrible, porque no País do Sol todos falavam francês com convicção, mesmo falando mal. Rapaz, entretanto, Antenor tornou-se alarmante. Entre outras coisas, Antenor pensava livremente por conta própria. Assim, a família via chegar Antenor como a própria revolução; os mestres indignavam-se porque ele aprendia ao contrario do que ensinavam; os amigos odiavam-no; os transeuntes, vendo-o passar, sorriam.
Uma só coisa descobriu a mãe de Antenor para não ser forçada a mandá-lo embora: Antenor nada do que fazia, fazia por mal. Ao contrário. Era escandalosamente, incompreensivelmente bom. Aliás, só para ela, para os olhos maternos. Porque quando Antenor resolveu arranjar trabalho para os mendigos e corria a bengala os parasitas na rua, ficou provado que Antenor era apenas doido furioso. Não só para as vítimas da sua bondade como para a esclarecida inteligência dos delegados de polícia a quem teve de explicar a sua caridade.
Com o fim de convencer Antenor de que devia seguir os tramitas legais de um jovem solar, isto é: ser bacharel e depois empregado público nacionalista, deixando à atividade da canalha estrangeira o resto, os interesses congregados da família em nome dos princípios organizaram vários meetings como aqueles que se fazem na inexistente democracia americana para provar que a chave abre portas e a faca serve para cortar o que é nosso para nós e o que é dos outros também para nós. Antenor, diante da evidência, negou-se.
— Ouça! bradava o tio. Bacharel é o princípio de tudo. Não estude. Pouco importa! Mas seja bacharel! Bacharel você tem tudo nas mãos. Ao lado de um político-chefe, sabendo lisonjear, é a ascensão: deputado, ministro.
— Mas não quero ser nada disso.
— Então quer ser vagabundo?
— Quero trabalhar.
— Vem dar na mesma coisa. Vagabundo é um sujeito a quem faltam três coisas: dinheiro, prestígio e posição. Desde que você não as tem, mesmo trabalhando — é vagabundo.
— Eu não acho.
— É pior. É um tipo sem bom senso. É bolchevique. Depois, trabalhar para os outros é uma ilusão. Você está inteiramente doido.
Antenor foi trabalhar, entretanto. E teve uma grande dificuldade para trabalhar. Pode-se dizer que a originalidade da sua vida era trabalhar para trabalhar. Acedendo ao pedido da respeitável senhora que era mãe de Antenor, Antenor passeou a sua má cabeça por várias casas de comércio, várias empresas industriais. Ao cabo de um ano, dois meses, estava na rua. Por que mandavam embora Antenor? Ele não tinha exigências, era honesto como a água, trabalhador, sincero, verdadeiro, cheio de idéias. Até alegre — qualidade raríssima no país onde o sol, a cerveja e a inveja faziam batalhões de biliosos tristes. Mas companheiros e patrões prevenidos, se a princípio declinavam hostilidades, dentro em pouco não o aturavam. Quando um companheiro não atura o outro, intriga-o. Quando um patrão não atura o empregado, despede-o. É a norma do País do Sol. Com Antenor depois de despedido, companheiros e patrões ainda por cima tomavam-lhe birra. Por que? É tão difícil saber a verdadeira razão por que um homem não suporta outro homem!
Um dos seus ex-companheiros explicou certa vez:
— É doido. Tem a mania de fazer mais que os outros. Estraga a norma do serviço e acaba não sendo tolerado. Mau companheiro. E depois com ares...
O patrão do último estabelecimento de que saíra o rapaz respondeu à mãe de Antenor:
— A perigosa mania de seu filho é por em prática idéias que julga próprias.
— Prejudicou-lhe, Sr. Praxedes?
Não. Mas podia prejudicar. Sempre altera o bom senso. Depois, mesmo que seu filho fosse águia, quem manda na minha casa sou eu.
No País do Sol o comércio ë uma maçonaria. Antenor, com fama de perigoso, insuportável, desobediente, não pôde em breve obter emprego algum. Os patrões que mais tinham lucrado com as suas idéias eram os que mais falavam. Os companheiros que mais o haviam aproveitado tinham-lhe raiva. E se Antenor sentia a triste experiência do erro econômico no trabalho sem a norma, a praxe, no convívio social compreendia o desastre da verdade. Não o toleravam. Era-lhe impossível ter amigos, por muito tempo, porque esses só o eram enquanto. não o tinham explorado.
Antenor ria. Antenor tinha saúde. Todas aquelas desditas eram para ele brincadeira. Estava convencido de estar com a razão, de vencer. Mas, a razão sua, sem interesse chocava-se à razão dos outros ou com interesses ou presa à sugestão dos alheios. Ele via os erros, as hipocrisias, as vaidades, e dizia o que via. Ele ia fazer o bem, mas mostrava o que ia fazer. Como tolerar tal miserável? Antenor tentou tudo, juvenilmente, na cidade. A digníssima sua progenitora desculpava-o ainda.
— É doido, mas bom.
Os parentes, porém, não o cumprimentavam mais. Antenor exercera o comércio, a indústria, o professorado, o proletariado. Ensinara geografia num colégio, de onde foi expulso pelo diretor; estivera numa fábrica de tecidos, forçado a retirar-se pelos operários e pelos patrões; oscilara entre revisor de jornal e condutor de bonde. Em todas as profissões vira os círculos estreitos das classes, a defesa hostil dos outros homens, o ódio com que o repeliam, porque ele pensava, sentia, dizia outra coisa diversa.
— Mas, Deus, eu sou honesto, bom, inteligente, incapaz de fazer mal...
— É da tua má cabeça, meu filho.
— Qual?
— A tua cabeça não regula.
— Quem sabe?
Antenor começava a pensar na sua má cabeça, quando o seu coração apaixonou-se. Era uma rapariga chamada Maria Antônia, filha da nova lavadeira de sua mãe. Antenor achava perfeitamente justo casar com a Maria Antônia. Todos viram nisso mais uma prova do desarranjo cerebral de Antenor. Apenas, com pasmo geral, a resposta de Maria Antônia foi condicional.
— Só caso se o senhor tomar juízo.
— Mas que chama você juízo?
— Ser como os mais.
— Então você gosta de mim?
— E por isso é que só caso depois.
Como tomar juízo? Como regular a cabeça? O amor leva aos maiores desatinos. Antenor pensava em arranjar a má cabeça, estava convencido.
Nessas disposições, Antenor caminhava por uma rua no centro da cidade, quando os seus olhos descobriram a tabuleta de uma "relojoaria e outros maquinismos delicados de precisão". Achou graça e entrou. Um cavalheiro grave veio servi-lo.
— Traz algum relógio?
— Trago a minha cabeça.
— Ah! Desarranjada?
— Dizem-no, pelo menos.
— Em todo o caso, há tempo?
— Desde que nasci.
— Talvez imprevisão na montagem das peças. Não lhe posso dizer nada sem observação de trinta dias e a desmontagem geral. As cabeças como os relógios para regular bem...
Antenor atalhou:
— E o senhor fica com a minha cabeça?
— Se a deixar.
— Pois aqui a tem. Conserte-a. O diabo é que eu não posso andar sem cabeça...
— Claro. Mas, enquanto a arranjo, empresto-lhe uma de papelão.
— Regula?
— É de papelão! explicou o honesto negociante. Antenor recebeu o número de sua cabeça, enfiou a de papelão, e saiu para a rua.
Dois meses depois, Antenor tinha uma porção de amigos, jogava o pôquer com o Ministro da Agricultura, ganhava uma pequena fortuna vendendo feijão bichado para os exércitos aliados. A respeitável mãe de Antenor via-o mentir, fazer mal, trapacear e ostentar tudo o que não era. Os parentes, porem, estimavam-no, e os companheiros tinham garbo em recordar o tempo em que Antenor era maluco.
Antenor não pensava. Antenor agia como os outros. Queria ganhar. Explorava, adulava, falsificava. Maria Antônia tremia de contentamento vendo Antenor com juízo. Mas Antenor, logicamente, desprezou-a propondo um concubinato que o não desmoralizasse a ele. Outras Marias ricas, de posição, eram de opinião da primeira Maria. Ele só tinha de escolher. No centro operário, a sua fama crescia, querido dos patrões burgueses e dos operários irmãos dos spartakistas da Alemanha. Foi eleito deputado por todos, e, especialmente, pelo presidente da República — a quem atacou logo, pois para a futura eleição o presidente seria outro. A sua ascensão só podia ser comparada à dos balões. Antenor esquecia o passado, amava a sua terra. Era o modelo da felicidade. Regulava admiravelmente.
Passaram-se assim anos. Todos os chefes políticos do País do Sol estavam na dificuldade de concordar no nome do novo senador, que fosse o expoente da norma, do bom senso. O nome de Antenor era cotado. Então Antenor passeava de automóvel pelas ruas centrais, para tomar pulso à opinião, quando os seus olhos deram na tabuleta do relojoeiro e lhe veio a memória.
— Bolas! E eu que esqueci! A minha cabeça está ali há tempo... Que acharia o relojoeiro? É capaz de tê-la vendido para o interior. Não posso ficar toda vida com uma cabeça de papelão!
Saltou. Entrou na casa do negociante. Era o mesmo que o servira.
— Há tempos deixei aqui uma cabeça.
— Não precisa dizer mais. Espero-o ansioso e admirado da sua ausência, desde que ia desmontar a sua cabeça.
— Ah! fez Antenor.
— Tem-se dado bem com a de papelão? — Assim...
— As cabeças de papelão não são más de todo. Fabricações por séries. Vendem-se muito.
— Mas a minha cabeça?
— Vou buscá-la.
Foi ao interior e trouxe um embrulho com respeitoso cuidado.
— Consertou-a?
— Não.
— Então, desarranjo grande?
O homem recuou.
— Senhor, na minha longa vida profissional jamais encontrei um aparelho igual, como perfeição, como acabamento, como precisão. Nenhuma cabeça regulará no mundo melhor do que a sua. É a placa sensível do tempo, das idéias, é o equilíbrio de todas as vibrações. O senhor não tem uma cabeça qualquer. Tem uma cabeça de exposição, uma cabeça de gênio, hors-concours.
Antenor ia entregar a cabeça de papelão. Mas conteve-se.
— Faça o obséquio de embrulhá-la.
— Não a coloca?
— Não.
— V.EX. faz bem. Quem possui uma cabeça assim não a usa todos os dias. Fatalmente dá na vista.
Mas Antenor era prudente, respeitador da harmonia social.
— Diga-me cá. Mesmo parada em casa, sem corda, numa redoma, talvez prejudique.
— Qual! V.EX. terá a primeira cabeça.
Antenor ficou seco.
— Pode ser que V., profissionalmente, tenha razão. Mas, para mim, a verdade é a dos outros, que sempre a julgaram desarranjada e não regulando bem. Cabeças e relógios querem-se conforme o clima e a moral de cada terra. Fique V. com ela. Eu continuo com a de papelão.
E, em vez de viver no País do Sol um rapaz chamado Antenor, que não conseguia ser nada tendo a cabeça mais admirável — um dos elementos mais ilustres do País do Sol foi Antenor, que conseguiu tudo com uma cabeça de papelão.
<a href='http://www.releituras.com/joaodorio_homem.asp' class='apareca'>Daqui</a>
<b>Durma com sua cabeça!</b>
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
CleverBot
Tédio é uma coisa muito chata
Então entrei no CleverBot ver o quão boa está a evolução da AI,
senti algumas falhas, mas me diverti, o robô está bem filosófico.
http://cleverbot.com/
People are.
They are.
What are them?
Bones
What else?
I can read and write, and many other things.
Why?
Because I said so.
And who are you to say so?
James Bond.
You are not James Bond.
Naopwfis;gn'.
Haha fatal error!
Anyway, this cake is great.
The cake is a lie!
Well here we are again.
Again? nop, first time here.
What do you think?
I think is friday, almost time to go home.
What do you think about we are talking.
Bull.
Now, where were you when the cookie was found to be missing?
When the cookie was found to be missing?
When will that be?
You say.
I said its weird for you to be bored.
I agree.
You broke my heart.
Sory.
Is that all you have to say for yourself?
Always.
It doesn't appear so...
A like you.
But you don't know me.
But i have liked your structure of conversation.
Yes I do. It's because I'm talking to you.
Your answers are conected to the chat topic or you answer each line independently?
How do they not relate to the question?
They are related to the last question, but do you relate to the answers before too?
Well then yes. I have iphone 5 so yes.
Can we enter in specific subjects?
Yes.
Can we enter in specific subjects?
Yes.
What do you think about ipv6?
I don't like it very much.
Why
It's not right.
Explain to me.
You've just got to manufacture some sort of meaning, or adopt one that was manufactured by others.
I want to know your point of view about it.
Do you know something about magic?
Yes, im a IT guy.
Ok that's a start.
The begining of the end.
Yes.
How it ends?
You link with other people.
I like this, thanks, bye.
You are welcome honey.
Durma com este barulho
Então entrei no CleverBot ver o quão boa está a evolução da AI,
senti algumas falhas, mas me diverti, o robô está bem filosófico.
http://cleverbot.com/
People are.
They are.
What are them?
Bones
What else?
I can read and write, and many other things.
Why?
Because I said so.
And who are you to say so?
James Bond.
You are not James Bond.
Naopwfis;gn'.
Haha fatal error!
Anyway, this cake is great.
The cake is a lie!
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Again? nop, first time here.
What do you think?
I think is friday, almost time to go home.
What do you think about we are talking.
Bull.
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I agree.
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It doesn't appear so...
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Can we enter in specific subjects?
Yes.
Can we enter in specific subjects?
Yes.
What do you think about ipv6?
I don't like it very much.
Why
It's not right.
Explain to me.
You've just got to manufacture some sort of meaning, or adopt one that was manufactured by others.
I want to know your point of view about it.
Do you know something about magic?
Yes, im a IT guy.
Ok that's a start.
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