Durma Com Este Barulho
Reflexões de um pecador

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Uma Senhora Qualquer - Mas não um homem qualquer! (Parte Plus)

Parte 1 Parte 2 Parte 3 Extra




Esse texto eu extraí de um livro, de uma coletânea.

Não tenho palavras para descrever ainda, o livro narra o que eu vi quando li a história, cada pedacinho, como se agora eu pudesse ver ao vivo, e detalhes que eu tinha deixado passar despercebido. Coisas que às vezes parecem sem importância, Deus está nos detalhes também!

"O versículo 20 é composto de nove palavras no hebraico. Essas palavras descrevem o que (...)[ele] fez, antes que o texto diga o que ele disse. Cinco das nove palavras são verbos.(...)
Em primeiro lugar,(...) se ergueu do chão. Ele "se levantou".
O verbo seguinte nos diz algo estranho. Ele "rasgou o seu manto".
A palavra traduzida manto é um termo que descreve uma peça de vestuário que se ajusta frouxamente ao corpo, como uma roupa usada por cima de outras (...) [Ele] levou a mão até o pescoço, e não encontrando uma costura, segurou uma parte gasta do tecido, rasgando-a, e nesse ato de rasgar está anunciando sua terrível tristeza. (...)
Lemos então o terceiro verbo: "Rapou a cabeça." O cabelo é sempre representado (...) como a glória do indivíduo, uma expressão do seu valor. Rapar a cabeça é, portanto, um símbolo da perda da glória pessoal. Seu quarto ato é cair no chão,
mostrando seu sofrimento em nível extremo. Vamos deixar bem claro que não se tratava de alguém sofrendo um colapso por causa da tristeza: o propósito era inteiramente outro. (...) Ele não chafurda e se lamenta, mas adora. O verbo hebraico significa cair prostrado em completa submissão e adoração". Ouso dizer que a maioria de nós nunca adorou desse modo! Ou seja, com o rosto no chão, deitado de comprido. Esta era considerada na época a expressão mais sincera de obediência e submissão ao Deus Criador.

(...) um homem que reagiu a todas as adversidades com adoração; que concluiu todos os seus ais adorando.Nenhuma acusação. Nenhuma amargura. Nenhuma maldição. Nada de punhos cerrados contra o céu, gritando: "Como ousas fazer isto comigo, depois de ter andado contigo todos esses anos?" Nada disso.






quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Impressões



Estou conversando, tem pelo menos 3 vozes aí Todas da minha cabeça
Vou chamá-las de bananas de pijamas

B1: Quero café!
B2: Eu também!
B3: Concordo!
B1: Partiu?
B2: 16h? meio cedo não?
B1: 17h agente sai e volta rapidinho
B2: Chama o Almirante, liga pros piá!
(...)
B1: Sozinho, replanejar, 17:20 vamo embora!

B1:No dia que tudo deu errado....
B2: nah pare! Nem foi assim! Só um planejamento deu errado, e já tinha plano de contingência.
B1: ok, ok...

B1: Deus, nada faz sentido!
B2: E precisa? Yahweh! (Eu Sou, Eu sou o sentido) Rm 11:36

B1: Porquê tudo que dá errado?
B2: Tudo? Mesmo? Já conversamos sobre isso...

B1: Vou jogar um pouco...
B2: Vai fazer o devocional para não ficar de madrugada de novo..
B1: Ok, parei em Provérbios 31
B2:aff, tu tá de zuera né!
B3: kkk lê aí, vai que piora! The Zueira Never Ends!

B1: Conselhos de uma mãe... hmm legal, provérbios falou bastante disso.
B2: ...
B1: Filho não beba! De novo, Filho não beba! Tu vai fazer cagada...
B3: Boa... gostei dessa mulher!

B1: Filho, compra cachaça para os pobre da rua!
B2: Hân? Como assim??
B3: To gostando dessa mulher...
B1: Peraê, mas a gente não deve dar dinheiro para os cara da rua quando é para cachaça!
B3: Lê de novo! Que tá escrito aew?
B2: tá escrito que... aff velhooo... afe velhooo!
B3: to dizendo, gostei dessa mulher!

B1: A perfeita dona de casa... hm legal, um poema com todas as letras do alfabeto hebraico
B2: Poético né!
B3: Nerds, calem-se!

B2: aaaaahhh quero uma mulher assim
B3: Maricas...
B1: ¬¬

B1: Ecl 1.. vamo lá, curto muito esse livro
B2: Meio deprê ele, não?
B3: Cala a boca que eu gosto também!

B1: É tudo uma porcaceira de uma inundice de inutilidade. Nada faz sentido!
B2: Droga, ele vai começar de novo!
B3: Yahweh! Yahweh!

B1: Ah eh... Yahweh...
B2: Ufa essa foi por pouco...


"O vento sopra em direção ao sul, gira para o norte, e girando e girando vai o vento em suas voltas." (Ecl 1:6)
B1: girando e girando e girando...
B3: Ah lelek lek lek lek lek
B2: kkkkk Da série: Musicas inspiradas na bíblia!
B3: kkkkkk
B1: Colabora aew, poxaaa

Todas as palavras estão gastas
B1: faz sentido...
B2: eh real, o sentido de cada palvra está tão relativo que posso dizer uma coisa significando outra.
B3: Tipo: TE AMO? ou quando tu fala treta que ninguém sabe se é bom ou ruim?

B1: O olho não se sacia de ver
B4: Só ver já não chega, já não é suficiente, tem que ver, e ver de novo, e pegar, e não dividir com ninguém, e deixar em um pote com formol dentro de casa...
B2: aff...
B3: donde esse cara apareceu? do livro de Jó?

B1: ... nem o ouvido se farta de ouvir... tipo, tem que repetir tudo?
B2: Acho que estamos tão acostumados a ouvir as mesmas coisas que preferimos elas.
B3: Hipocrisia isso viu, tem que dizer umas poucas e boas, um "SE SITUE!"

ninguém se lembra dos antepassados, e também ... não serão lembrados
B3: "Não será lembrado!"
B1: kkkkk
B2: Muita influência externa isso
B3: ah.. dexe!
B2: submarino, submarino
B3: F7! Afundei?
B1: ... ow.. colabora...

O que é torto não se pode indireitar
B3: havia um homem torto, morava numa casa torta..
B2: pssst!
e o que está faltando não se pode contar.
B3: lógico, se tá faltando, não tem como saber...
B1: mas como que eu sei que está faltando se não sei quanto é que tá faltando
B2: porque vc é preguiçoso?
B3: e não gosta de contar?
B1: Faz sentido
B3: Agora diz: precisa contar?
B1: Não

Quanto mais conhecimento, mais sofrimento

Durma com este barulho!




Um dia tentei dar nomes às vozes da minha cabeça...
Eles não gostaram dos nomes...
B1: main core
B2: filósofa e sentimental
B3: o ogro sádico e arrogante
Bn: sombras sem face nem perfil.

Amém!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Uma Senhora Qualquer (Parte 3)

Parte 1 Parte 2 Parte 3 Extra



"... seria o fim? a vida teria os pregado uma peça? Não... o fim ainda não estava próximo.

Em poucos dias, devido à falta de esperança, seu marido estava adoecido, não queria mais
comer, saiu pelas ruas a chorar a perda de tudo que Deus havia lhe dado. Por alguns dias
a pobre mulher não teve notícias dele, pediu ajuda ao vizinhos, mas nenhum disponibilizou-se
a ajudá-la. Saiu só, rumo ao centro da cidade, procurou entre os mendigos seu marido.

Não sabia o que haveria de ver, se o encontraria morto em algum lugar ou se algo pior, sua
imaginação não havia chego tão longe ainda quando sentiu o impacto.

Vê-lo naquele estado, isolado dos outros mendigos, em um beco úmido e fétido, gritos de
pessoas que passavam perto a alertaram para não se aproximar do homem, pois era um leproso.
Ela não se importou com isso, chegou mesmo assim.

Seu juramento de amor não era apenas uma falácia, iria estar com ele não importando a
dificuldade, estaria auxiliando-o até o fim!

Sabia que quando era nova, não era a mais bela das donzelas da cidade. Dentre suas irmãs,
era a única que não se preocupava tanto com a beleza. Sabia que a graça e a formosura eram
enganosas, seu temor estava no Senhor, servia a seus pais e como todas pensava em seu
futuro marido, mas o quanto o auxiliaria, seu coração estava longe das rodas de intrigas,
e as fofocas da cidade morriam nela, junto com segredos que nunca haviam visto a luz do dia.

Sua mente viaja ao passado no porquê de ter sido escolhida por este homem, no encontro no
mercado, no quanto sofreram juntos para comprar a casa, nas lutas que enfrentaram para ver
os campos ficarem floridos, no primeiro filho... Ah! Meus filhos! Deus! Porque tamanha desgraça?

Volta a si, aproxima-se de seu marido. Está vivo, fedendo, todo sujo, roupas em trapos, com a
pele toda manchada pela doença. Venha comigo homem! Vou fazer algo para limpá-lo! Vou arranjar
comida! Trarei vestes! Vamos!

Seu marido não levantou, apenas sentou-se e agora estava se coçando com um pedaço de barro, um
vaso quebrado. Desespero tomou conta da pobre mulher, cada parte que o marido coçava sangrava e
ele estava tão amortecido pela soma de todas as coisas, e a doença o impedia de sentir dor,
sangue se misturava ao pó da terra.

Seus olhos estavam marejados. Situação cruel aquela, seu marido era um caso perdido, não havia
retorno, nada mais o que se fazer, a morte seria o fim mais acolhedor a ele naquele momento.

Mas ele nunca se entregaria! Conhecia o velho homem a mais de 30 anos e sua integridade era
inabalável, até neste momento ainda a mantinha! Duvidando que conseguiria algo, mas seu coração
já estava em pedaços e sem conseguir pensar direito no que aquilo significaria tentou convencer
o marido a se entregar, a desistir de sua vida.

"Pare de se coçar! Pegue este caco e se mate! Amaldiçoa teu Deus, tua vida, o dia que nasceu, morre!
Não vale a pena sobreviver desse jeito! Não há futuro!"


A resposta, assustada, saiu da boca de seu esposo, com uma firmeza que a trouxe de volta a seus brios.

"Estás doida mulher! Fala como uma inconsequente qualquer! Pense no que Deus nos tem feito!
Até aqui nos ajudou! Não pode Ele, sendo dono de tudo, dar coisas boas e ruins conforme bem lhe aprouver?
Tudo vem dele, o bom e o ruim."


Nada mais precisava ser dito, em suas lágrimas, em sua voz, a dor, mas dentro dela havia um ponto
de alegria. Ele não havia perdido a integridade, seu temor a Deus continuava o mesmo, inabalável,
nem mesmo tudo isso o havia tirado o que eles tinham de mais precioso, o compromisso firmado com
o Senhor a muito tempo.

Um sentimento nostálgico invade o coração da mulher. Três homens com roupas bonitas se aproximam..."

-- X -- X --

Não me levem a sério... mas pensem com outros olhos de vez em quando.

Durma com este barulho!