Lá vai eu de novo ter uma conversa comigo mesmo. Ao final de tudo conto uma história para mim mesmo.
Várias vezes já li, e ouvi sobre ela.
Várias pessoas me deram uma visão ruim sobre essa Senhora, visão que resolvi mudar hoje.
Vou deixar ela escrita aqui, a quem interessar possa.

Lá estava ela, como fazia em todas as manhãs de sol, a mais de quinze anos, sentada em seu sofá a olhar o horizonte. Sua alegria se misturava ao sentimento de dever cumprido, as nuvens longe por sobre as montanhas lembravam dos doces anos que o tempo levara embora. Agora com seus anos em seu rosto marcados, admirava a vista de sua casa.
Diga-se de passagem uma "senhora" casa, pois seu marido era um homem de muitas posses, além do bom e do melhor em jóias e roupas, ele lha havia dado sete filhos e três filhas. Os filhos já adultos, casados, homens de negócio, sempre cuidando das coisas da família e do que haviam adquirido ao longo dos anos. As filhas, as mais lindas da região, duas já casadas com bons homens da cidade e a terceira, a mais nova já estava noiva de um moço rico da cidade vizinha, bom rapaz, tudo havia sido aprovado, seu marido se alegrou muito com a notícia do noivado e já estava se preparando a festa de casamento que estava marcada para para o início da colheita.
Seu marido era um bom homem, tinha muitas cabeças de gado, possuía o maior rebanho de gado graúdo e miúdo das quatro grandes regiões em que viviam, sua plantação de trigo e cevada era invejada por mais agricultores que se podia contar. Seus servos faziam tudo conforme as ordens dele e se alegravam com a bondade do patrão.
Apesar das muitas posses, o homem era honesto, correto, cheio de amigos sábios, conselheiros, que o visitavam na época da entre safra. Tal homem era tão correto que se preocupava até com as práticas de seus filhos, tentado sempre, da melhor forma possível, eliminar qualquer culpa que houvesse por parte deles perante Deus. Temia que as festas que seus filhos faziam poderia de alguma forma desagradar ao Deus que tanto os abençoava e protegia.
O mesmo Deus que ela deixou de acreditar neste dia, quando como por obra do destino, seu mundo inteiro estava virando de ponta cabeça. A notícia veio como uma nuvem negra em um dia de sol. Um dos empregados do filho mais velho, que estava dando uma de suas festas, com todos os irmãos presentes, aparece todo sujo na presença dela e de seu marido para dizer que uma tragédia havia acontecido, a casa onde a festa ocorria havia desmoronado todos haviam morrido. "Arranque meu coração com uma pá, remova minhas vísceras com espetos quentes, banhe meus rins em óleo fervente, mas não me diga que meus filhos morreram! Choro? Desespero? Não haviam palavras suficientes para descrever o que quebrou dentro dela a partir daquele momento.
Continua... Durma e espere
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