Durma Com Este Barulho
Reflexões de um pecador

sexta-feira, 13 de junho de 2014

A onda



Vou começar a contar uma história, que eu ouvi. Claaaaaro que eu vou imaginando
a história e recontando para mim mesmo de uma forma bem mais enfeitada.

Visualize um ambiente utópico, perfeito, uma praça, o som de pássaros nas árvores
verdes, cujas folhas balançam ao vento suave. Crianças correm gritando felizes pelo
gramado verde, o sol brilha não, não é em Curitiba.

A brisa é fresca, senhores com mais experiência estão sentados em suas mesas, lugares
cativos, jogando damas, xadrez, dominó. Cães correm atrás de gravetos, bolinhas, freesbies,
bicicletas e tudo o que passa por alí, inclusive o vendedor de algodão doce "funfi funfi!"

Esse foi o dia que o Senhor nos deu
NADA PODE DAR ERRADO!

Despreocupados, nada sabem das reviravoltas da vida, não conhecem aquela salsicha cinza chamada Segunda-feira[Ref.]. não sabem que logo ao lado da praça, na estação de tratamento de esgoto,
uma das bombas que gira o fluxo está prestes a explodir...

E ela explode!

E vem aquela onda, mas pensa em uma onda grande! Ela vem lavando tudo, é cachorro, criança, bicicleta, sorveteiro.
Mãe, pai, avô, tio, cunhado, sobrinho....
Ela não perdoa, ela não tem dó! Ela não tem coração, pois é apenas uma onda. E ela leva consigo, os restos processados
de todos os tipos de comidas, fermentados, e com o cheiro de todos juntos. Sim, ela vem, ela veio, e ela foi.

Passei algumas semanas vendo minha vida perfeita... mas eu não sou desavisado,
eu sei que o meu padrão de vida está longe de ser utópico, eu diria, caminhando
na direção contrária de ser perfeito.

Então eu vigiava, procurava de onde viria "a onda", não houve um momento que eu
não soubesse, não abrisse o olho durante o "passeio" para ver de onde ela viria...

Mas como eu sou um bocó, aliás vou escrever minhas memórias, vou chamar de:
As memórias de um bocó
e o título em inglês (não vai ter versão em inglês, aprenda a falar português,
faça mestrado em língua portuguesa, pegue uma especialização no sul, e um
curso de linguística no dialeto Marlês.)

Onde eu estava? Ah sim, "a onda", ela veio... do lugar que eu menos esperava

ADVERTÊNCIA
Pare de ler aqui se você não tiver estômago ou tiver acabado de comer.
Tire as crianças da sala.
Eu avisei

A onda... fui eu, ela saiu de mim! Eu poderia dizer, que eu vomitei a onda,
eu poderia chegar ao sentido literal, mas não vou...

Queria escrever mais, mas não sei como colocar em palavras as imagens de minha cabeça.

google def caos
cha·os
noun
1. A condition or place of great disorder or confusion.
2. A disorderly mass; a jumble

1. complete disorder; utter confusion

1. a state of utter confusion.
2. any disorderly mass.

Chaos any confused or disorderly collection or state of things; a conglomeration of parts or elements without order or connexion. See also clutter, confusion.

fonte: http://www.thefreedictionary.com/chaos


Não, eu não dormi uma noite, os olhos não fechavam, e eu queria dormir de baixo da cama de vergonha, mas nem lá fui aceito

sábado, 29 de março de 2014

Convicções

"ei... depois leia Rm 14:22b - 23, e explique-me se possivel!"

Eis que um de meus dias começa assim, um SMS no celular...

Como sou um apreciador de comidas distintas e me amarro em um bacon de vez em quando,
devo defender o que penso a respeito desse versículo.
Seguem transcritas mensagens de resposta:


Tens convicção? guarda-a. Mas se estiver em dúvida quanto ao que estiver fazendo; se resolveu fazer algo por impulso; se não garante que está certo, ou sequer sabe porque está fazendo... nisso será condenado. Ali Paulo fala sobre comida pura ou impura... mas esse trecho pode ser extendido para diversas areas. Saiba o porque do que o quê você está fazendo... Salomão fala algo parecido em Ecl. sobre prestar contas...
Imaginei q se estendesse p outras areas... mas em varias coisas temos duvidas...
-- -- --
N tem como ter absoluta certeza de tudo neh... se é ou nao certo...
-- -- --
Deus nos ajude!!!
mas nossas convicções precisam cobrir todas as áreas... nem que a explicação seja: "hedonismo"
[...]
Ex: bacon
-- -- --
puro hedonismo...
oq é hedonismo?
certeza q esta certo é difícil ter, mas se tua cabeça diz q tah errado e mesmo assim faz... jah sabe que a cobrança será maior se der cagada
-- -- --
hedonismo é busca egoista pelo prazer
[...]
Normalmente a bíblia tem a resposta para a sua pergunta
-- -- --
mas as vezes tu não descobriu ainda
-- -- --
ou as vezes a resposta é tão genérica
-- -- --
que Paulo te alerta para uma coisa simples
-- -- --
baseie as suas ações em suas convicções
-- -- --
e não no que as pessoas pensam
-- -- --
as pessoas tem opiniões voláties
-- -- --
ontem o pastor falou sobre atos 14
-- -- --
que o povo grego achou q paulo era mercúrio
-- -- --
e queria sacrificar animais a ele
[...]
e logo depois resolveram apedrejar ele até a morte

Durma com suas convicções!

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Uma Senhora Qualquer - Mas não um homem qualquer! (Parte Plus)

Parte 1 Parte 2 Parte 3 Extra




Esse texto eu extraí de um livro, de uma coletânea.

Não tenho palavras para descrever ainda, o livro narra o que eu vi quando li a história, cada pedacinho, como se agora eu pudesse ver ao vivo, e detalhes que eu tinha deixado passar despercebido. Coisas que às vezes parecem sem importância, Deus está nos detalhes também!

"O versículo 20 é composto de nove palavras no hebraico. Essas palavras descrevem o que (...)[ele] fez, antes que o texto diga o que ele disse. Cinco das nove palavras são verbos.(...)
Em primeiro lugar,(...) se ergueu do chão. Ele "se levantou".
O verbo seguinte nos diz algo estranho. Ele "rasgou o seu manto".
A palavra traduzida manto é um termo que descreve uma peça de vestuário que se ajusta frouxamente ao corpo, como uma roupa usada por cima de outras (...) [Ele] levou a mão até o pescoço, e não encontrando uma costura, segurou uma parte gasta do tecido, rasgando-a, e nesse ato de rasgar está anunciando sua terrível tristeza. (...)
Lemos então o terceiro verbo: "Rapou a cabeça." O cabelo é sempre representado (...) como a glória do indivíduo, uma expressão do seu valor. Rapar a cabeça é, portanto, um símbolo da perda da glória pessoal. Seu quarto ato é cair no chão,
mostrando seu sofrimento em nível extremo. Vamos deixar bem claro que não se tratava de alguém sofrendo um colapso por causa da tristeza: o propósito era inteiramente outro. (...) Ele não chafurda e se lamenta, mas adora. O verbo hebraico significa cair prostrado em completa submissão e adoração". Ouso dizer que a maioria de nós nunca adorou desse modo! Ou seja, com o rosto no chão, deitado de comprido. Esta era considerada na época a expressão mais sincera de obediência e submissão ao Deus Criador.

(...) um homem que reagiu a todas as adversidades com adoração; que concluiu todos os seus ais adorando.Nenhuma acusação. Nenhuma amargura. Nenhuma maldição. Nada de punhos cerrados contra o céu, gritando: "Como ousas fazer isto comigo, depois de ter andado contigo todos esses anos?" Nada disso.






quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Impressões



Estou conversando, tem pelo menos 3 vozes aí Todas da minha cabeça
Vou chamá-las de bananas de pijamas

B1: Quero café!
B2: Eu também!
B3: Concordo!
B1: Partiu?
B2: 16h? meio cedo não?
B1: 17h agente sai e volta rapidinho
B2: Chama o Almirante, liga pros piá!
(...)
B1: Sozinho, replanejar, 17:20 vamo embora!

B1:No dia que tudo deu errado....
B2: nah pare! Nem foi assim! Só um planejamento deu errado, e já tinha plano de contingência.
B1: ok, ok...

B1: Deus, nada faz sentido!
B2: E precisa? Yahweh! (Eu Sou, Eu sou o sentido) Rm 11:36

B1: Porquê tudo que dá errado?
B2: Tudo? Mesmo? Já conversamos sobre isso...

B1: Vou jogar um pouco...
B2: Vai fazer o devocional para não ficar de madrugada de novo..
B1: Ok, parei em Provérbios 31
B2:aff, tu tá de zuera né!
B3: kkk lê aí, vai que piora! The Zueira Never Ends!

B1: Conselhos de uma mãe... hmm legal, provérbios falou bastante disso.
B2: ...
B1: Filho não beba! De novo, Filho não beba! Tu vai fazer cagada...
B3: Boa... gostei dessa mulher!

B1: Filho, compra cachaça para os pobre da rua!
B2: Hân? Como assim??
B3: To gostando dessa mulher...
B1: Peraê, mas a gente não deve dar dinheiro para os cara da rua quando é para cachaça!
B3: Lê de novo! Que tá escrito aew?
B2: tá escrito que... aff velhooo... afe velhooo!
B3: to dizendo, gostei dessa mulher!

B1: A perfeita dona de casa... hm legal, um poema com todas as letras do alfabeto hebraico
B2: Poético né!
B3: Nerds, calem-se!

B2: aaaaahhh quero uma mulher assim
B3: Maricas...
B1: ¬¬

B1: Ecl 1.. vamo lá, curto muito esse livro
B2: Meio deprê ele, não?
B3: Cala a boca que eu gosto também!

B1: É tudo uma porcaceira de uma inundice de inutilidade. Nada faz sentido!
B2: Droga, ele vai começar de novo!
B3: Yahweh! Yahweh!

B1: Ah eh... Yahweh...
B2: Ufa essa foi por pouco...


"O vento sopra em direção ao sul, gira para o norte, e girando e girando vai o vento em suas voltas." (Ecl 1:6)
B1: girando e girando e girando...
B3: Ah lelek lek lek lek lek
B2: kkkkk Da série: Musicas inspiradas na bíblia!
B3: kkkkkk
B1: Colabora aew, poxaaa

Todas as palavras estão gastas
B1: faz sentido...
B2: eh real, o sentido de cada palvra está tão relativo que posso dizer uma coisa significando outra.
B3: Tipo: TE AMO? ou quando tu fala treta que ninguém sabe se é bom ou ruim?

B1: O olho não se sacia de ver
B4: Só ver já não chega, já não é suficiente, tem que ver, e ver de novo, e pegar, e não dividir com ninguém, e deixar em um pote com formol dentro de casa...
B2: aff...
B3: donde esse cara apareceu? do livro de Jó?

B1: ... nem o ouvido se farta de ouvir... tipo, tem que repetir tudo?
B2: Acho que estamos tão acostumados a ouvir as mesmas coisas que preferimos elas.
B3: Hipocrisia isso viu, tem que dizer umas poucas e boas, um "SE SITUE!"

ninguém se lembra dos antepassados, e também ... não serão lembrados
B3: "Não será lembrado!"
B1: kkkkk
B2: Muita influência externa isso
B3: ah.. dexe!
B2: submarino, submarino
B3: F7! Afundei?
B1: ... ow.. colabora...

O que é torto não se pode indireitar
B3: havia um homem torto, morava numa casa torta..
B2: pssst!
e o que está faltando não se pode contar.
B3: lógico, se tá faltando, não tem como saber...
B1: mas como que eu sei que está faltando se não sei quanto é que tá faltando
B2: porque vc é preguiçoso?
B3: e não gosta de contar?
B1: Faz sentido
B3: Agora diz: precisa contar?
B1: Não

Quanto mais conhecimento, mais sofrimento

Durma com este barulho!




Um dia tentei dar nomes às vozes da minha cabeça...
Eles não gostaram dos nomes...
B1: main core
B2: filósofa e sentimental
B3: o ogro sádico e arrogante
Bn: sombras sem face nem perfil.

Amém!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Uma Senhora Qualquer (Parte 3)

Parte 1 Parte 2 Parte 3 Extra



"... seria o fim? a vida teria os pregado uma peça? Não... o fim ainda não estava próximo.

Em poucos dias, devido à falta de esperança, seu marido estava adoecido, não queria mais
comer, saiu pelas ruas a chorar a perda de tudo que Deus havia lhe dado. Por alguns dias
a pobre mulher não teve notícias dele, pediu ajuda ao vizinhos, mas nenhum disponibilizou-se
a ajudá-la. Saiu só, rumo ao centro da cidade, procurou entre os mendigos seu marido.

Não sabia o que haveria de ver, se o encontraria morto em algum lugar ou se algo pior, sua
imaginação não havia chego tão longe ainda quando sentiu o impacto.

Vê-lo naquele estado, isolado dos outros mendigos, em um beco úmido e fétido, gritos de
pessoas que passavam perto a alertaram para não se aproximar do homem, pois era um leproso.
Ela não se importou com isso, chegou mesmo assim.

Seu juramento de amor não era apenas uma falácia, iria estar com ele não importando a
dificuldade, estaria auxiliando-o até o fim!

Sabia que quando era nova, não era a mais bela das donzelas da cidade. Dentre suas irmãs,
era a única que não se preocupava tanto com a beleza. Sabia que a graça e a formosura eram
enganosas, seu temor estava no Senhor, servia a seus pais e como todas pensava em seu
futuro marido, mas o quanto o auxiliaria, seu coração estava longe das rodas de intrigas,
e as fofocas da cidade morriam nela, junto com segredos que nunca haviam visto a luz do dia.

Sua mente viaja ao passado no porquê de ter sido escolhida por este homem, no encontro no
mercado, no quanto sofreram juntos para comprar a casa, nas lutas que enfrentaram para ver
os campos ficarem floridos, no primeiro filho... Ah! Meus filhos! Deus! Porque tamanha desgraça?

Volta a si, aproxima-se de seu marido. Está vivo, fedendo, todo sujo, roupas em trapos, com a
pele toda manchada pela doença. Venha comigo homem! Vou fazer algo para limpá-lo! Vou arranjar
comida! Trarei vestes! Vamos!

Seu marido não levantou, apenas sentou-se e agora estava se coçando com um pedaço de barro, um
vaso quebrado. Desespero tomou conta da pobre mulher, cada parte que o marido coçava sangrava e
ele estava tão amortecido pela soma de todas as coisas, e a doença o impedia de sentir dor,
sangue se misturava ao pó da terra.

Seus olhos estavam marejados. Situação cruel aquela, seu marido era um caso perdido, não havia
retorno, nada mais o que se fazer, a morte seria o fim mais acolhedor a ele naquele momento.

Mas ele nunca se entregaria! Conhecia o velho homem a mais de 30 anos e sua integridade era
inabalável, até neste momento ainda a mantinha! Duvidando que conseguiria algo, mas seu coração
já estava em pedaços e sem conseguir pensar direito no que aquilo significaria tentou convencer
o marido a se entregar, a desistir de sua vida.

"Pare de se coçar! Pegue este caco e se mate! Amaldiçoa teu Deus, tua vida, o dia que nasceu, morre!
Não vale a pena sobreviver desse jeito! Não há futuro!"


A resposta, assustada, saiu da boca de seu esposo, com uma firmeza que a trouxe de volta a seus brios.

"Estás doida mulher! Fala como uma inconsequente qualquer! Pense no que Deus nos tem feito!
Até aqui nos ajudou! Não pode Ele, sendo dono de tudo, dar coisas boas e ruins conforme bem lhe aprouver?
Tudo vem dele, o bom e o ruim."


Nada mais precisava ser dito, em suas lágrimas, em sua voz, a dor, mas dentro dela havia um ponto
de alegria. Ele não havia perdido a integridade, seu temor a Deus continuava o mesmo, inabalável,
nem mesmo tudo isso o havia tirado o que eles tinham de mais precioso, o compromisso firmado com
o Senhor a muito tempo.

Um sentimento nostálgico invade o coração da mulher. Três homens com roupas bonitas se aproximam..."

-- X -- X --

Não me levem a sério... mas pensem com outros olhos de vez em quando.

Durma com este barulho!




quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Voltando a falar de quadros



Lembro de quando me disseram que a vida de uma pessoa é como um quadro.
Lindo e admirável de longe, mas que ao se aproximar e olhar os detalhes com mais
clareza, vê-se as marcas do pincel, os erros, as falhas.

Na hora concordei, até refletir sobre a minha, sobre as marcas e o que eu faço com elas.

Na minha casa tem um quebra-cabeça de 5 mil peças que todo natal faz aniversário sem
nunca ser finalizado. Por mais empenho que se possa empregar, mais atenção que se
preste, o fim dele está muito longe.

Comparo minha vida a esse quebra-cabeças. Até permito que outros vejam minha vida de
perto, mas apenas um pedaço, sem nunca saberem o todo como é.

A princípio é bom, podem ver minhas falhas, mas enxergam somente até onde eu aponto,
cada um tem uma peça diferente e ninguém consegue conceber a obra toda, e com isso
não vê todos os detalhes e falhas.

Mas é triste, porque nunca está completo, nunca vislumbram a obra completa ou ajudam a montar.

Estou ciente de como isso vai acabar, de que um dia todos os pedaços serão colocados juntos e o
leviatã que tanto demorei para esconder será revelado.

E quando isso acontecer o que eu faço? há, como se eu não soubesse, a resposta jaz dentro de mim.



"O quê você faria se soubesse que existe essa linda paisagem a uma distância considerável daqui, que vale muito apena ser vista?

O quê você faria se soubesse que para chegar lá tem que passar pelo meio do mato, com cercas de arame farpado, pântanos, mata fechada, galhos secos, pedras, e você sabe que vai se esfolar inteiro para chegar lá?

O quê você faria se soubesse que é tão sujo e feio a ponto de se sentir indigno de contemplar tal paisagem?"



"Eu te convidaria a tomar um banho, trocar suas roupas e ir pela estrada, entrar pelo portão principal"


Durma com esse barulho!

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Uma Senhora Qualquer (Parte 2)

Parte 1 Parte 2 Parte 3 Extra

(...) Náusea, dor, tristeza... o mundo começou a girar como uma dose de veneno ardendo em sua garganta. Tateando, procura onde se segurar, mas nem seu marido a segura nesse momento de caos, pois ao lado dela jaz o próprio de joelhos no chão, atônito, sem palavras.

Poucos segundos passam, mas aos olhos dela uma eternidade. As servas do jardim gritam, chamam pelo patrão, que não responde, ainda congelado olhando para suas mãos calejadas. A mulher vence seus gritos de dor interior e toca gentilmente o ombro de seu marido, que a olha assutado como que despertado de um pesadelo, mas pesadelo esse longe de seu fim. O homem levanta e abraçado com a esposa saem para o jardim ver o motivo de tal alvoroço. Lá está um servo, sentado no chão, sujo de terra e sangue seco, rosto desfigurado, um olho inchado a ponto de não conseguir se manter aberto, lágrimas escorrem de seus olhos, suor de sua face. Sua voz é embargada e triste: "Patrão, vieram de todos os lados, não vi, não consegui contar, eram muitos! Roubaram todo o gado, as ovelhas, as cabras, espancaram todos até a morte, desmaiei logo no começo, quando acordei, não havia sobrado nada."


"Ladrões? O que está acontecendo? Meus filhos estão mortos e agora roubaram todo o nosso gado? Deus está contra nós! O que fizemos de errado?" - a senhora não sabe o que fazer, seu marido parece ter entrado em estado catatônico novamente. Ela dá a ordem para que as servas cuidem das feridas do homem e o limpem. Volta-se para o seu marido que está com o olhar fixo na colina, mas parece que seu transe está diferente, sua boca está aberta como se estivesse vendo... - "Fumaça? Será que tem algo pegando fogo? Quem é aquele que vem lá, a cavalo, como se fugisse de algo? Conheço-o!".

Chega o homem todo sujo de fuligem, gritando e em prantos. O responsável pela plantação de trigo. Quando mais nova, ela subia a colina para admirar a plantação de trigo, os campos dourados. Sentava com seu esposo no topo e via o sol se por atrás dos campos que brilhavam como nenhuma jóia que ela tivesse alguma vez visto. A voz do homem a traz de volta de sua memória. Lá está ele falando de um raio vindo do céu, em meio a uma tarde ensolarada, caindo no meio da plantação que toda madura, pronta para a colheita, se incendiou de uma forma impossível de conter. Alguns homens morreram tentando apagar o incêndio e por fim não havia mais o que salvar.

O espanto da mulher é único, ela olha para o marido que se joga no chão, suas mãos esfregam a terra como se quisesse cavar a própria sepultura e se enterrar nela neste instante. Jogando terra sobre a cabeça e rasgando as roupas. "Nunca vi este homem se comportar assim! Deve ter ficado louco!" - tenta segurá-lo, pará-lo, mas ele começa a gritar e chorar. Sua voz quebrada profere uma frase em meio à dor e ele volta a esfregar o rosto na terra, com a boca no pó e chorar.




Legal, espero que já tenha adivinhado quem é a mulher (apesar de que não tem nome), estou me divertindo comigo mesmo aqui fazendo uma análise do perfil psicológico dela. Como uma pessoa se sentiria em determinada situação, como reagiria. Claro que não fiz nenhuma pesquisa e não faço idéia do que é o impacto que ela sentiu, tudo isso é apenas uma simulação de realidade que tive segunda-feira passada enquanto fazia minha caminhada e conversava com Deus.


Durma com a incerteza de que eu não sei se vou continuar... muahahahah!

Parte 3

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Uma Senhora qualquer (Parte 1)

Parte 1 Parte 2 Parte 3 Extra

Lá vai eu de novo ter uma conversa comigo mesmo. Ao final de tudo conto uma história para mim mesmo.
Várias vezes já li, e ouvi sobre ela.
Várias pessoas me deram uma visão ruim sobre essa Senhora, visão que resolvi mudar hoje.
Vou deixar ela escrita aqui, a quem interessar possa.



Lá estava ela, como fazia em todas as manhãs de sol, a mais de quinze anos, sentada em seu sofá a olhar o horizonte. Sua alegria se misturava ao sentimento de dever cumprido, as nuvens longe por sobre as montanhas lembravam dos doces anos que o tempo levara embora. Agora com seus anos em seu rosto marcados, admirava a vista de sua casa.

Diga-se de passagem uma "senhora" casa, pois seu marido era um homem de muitas posses, além do bom e do melhor em jóias e roupas, ele lha havia dado sete filhos e três filhas. Os filhos já adultos, casados, homens de negócio, sempre cuidando das coisas da família e do que haviam adquirido ao longo dos anos. As filhas, as mais lindas da região, duas já casadas com bons homens da cidade e a terceira, a mais nova já estava noiva de um moço rico da cidade vizinha, bom rapaz, tudo havia sido aprovado, seu marido se alegrou muito com a notícia do noivado e já estava se preparando a festa de casamento que estava marcada para para o início da colheita.

Seu marido era um bom homem, tinha muitas cabeças de gado, possuía o maior rebanho de gado graúdo e miúdo das quatro grandes regiões em que viviam, sua plantação de trigo e cevada era invejada por mais agricultores que se podia contar. Seus servos faziam tudo conforme as ordens dele e se alegravam com a bondade do patrão.

Apesar das muitas posses, o homem era honesto, correto, cheio de amigos sábios, conselheiros, que o visitavam na época da entre safra. Tal homem era tão correto que se preocupava até com as práticas de seus filhos, tentado sempre, da melhor forma possível, eliminar qualquer culpa que houvesse por parte deles perante Deus. Temia que as festas que seus filhos faziam poderia de alguma forma desagradar ao Deus que tanto os abençoava e protegia.

O mesmo Deus que ela deixou de acreditar neste dia, quando como por obra do destino, seu mundo inteiro estava virando de ponta cabeça. A notícia veio como uma nuvem negra em um dia de sol. Um dos empregados do filho mais velho, que estava dando uma de suas festas, com todos os irmãos presentes, aparece todo sujo na presença dela e de seu marido para dizer que uma tragédia havia acontecido, a casa onde a festa ocorria havia desmoronado todos haviam morrido. "Arranque meu coração com uma pá, remova minhas vísceras com espetos quentes, banhe meus rins em óleo fervente, mas não me diga que meus filhos morreram! Choro? Desespero? Não haviam palavras suficientes para descrever o que quebrou dentro dela a partir daquele momento.



Continua... Durma e espere

Porque gostamos de linux

já li esse texto algumas vezes, e sempre me divirto com ele.
Encontrei de novo no meu G+ alguém publicando e resolvi deixar aqui.



quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

A constante do Caos




Cá eu pensando com meus botões:





Deveria existir uma constante que pudesse ser colocada em qualquer equação e transformar tudo em um caos.

Eu chamaria "A constante do caos" obviamente.

Ótimo pensei, encontrei uma explicação para as coisas inexplicáveis!

Agora só falta o valor, preciso de um valor:

6 nah! óbvio demais pouco original;
7 perfeito demais

fui perguntar para o Chima, ele disse que único número que ele poderia considerar seria o infinito.

Pronto! Achei um número que é tão constante que não acaba, mas que consegue deixar as fórmulas caóticas.
Aí fui pesquisar no google e encontrei um cara que já pensou nisso... pronto.. acabou minha alegria de inventar algo novo.

1° resultado - Constante de Feigenbaum
2° resultado - Feigenbaum constants


Não esqueça de adicionar um pouco de caos à sua vida, e durma, durma bem!

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Conexão Servidor linux com SSH usando chave RSA

Tuto rápido feito para o Dyon

Primeiro a chave:


1 - Loga no servidor
2 - Cria a chave
marlon@stonestudio:~$ ssh-keygen -t rsa
Generating public/private rsa key pair.
Enter file in which to save the key (/home/marlon/.ssh/id_rsa): 
Enter passphrase (empty for no passphrase): 
Enter same passphrase again: 
Your identification has been saved in /home/marlon/.ssh/id_rsa.
Your public key has been saved in /home/marlon/.ssh/id_rsa.pub.
The key fingerprint is:
c4:21:e2:1c:d5:17:00:3a:e8:3b:a7:52:1c:98:6e:ee marlon@stonestudio
The key's randomart image is:
+--[ RSA 2048]----+
|    o.+oo...     |
|   + + o...      |
| o. =   o.       |
|o..  . .         |
|....    S        |
| oo.             |
|o.o .            |
|.. +             |
|.E.              |
+-----------------+
3 - Entra na pasta da chave
marlon@stonestudio:~$ cd ~/.ssh
4 - copia a chave pública para o arquivo de autorização
marlon@stonestudio:~/.ssh$ cp id_rsa.pub authorized_keys
marlon@stonestudio:~/.ssh$ ls
authorized_keys  id_rsa  id_rsa.pub  known_hosts


agora você vai precisar de uns programas


winscp.net
http://www.chiark.greenend.org.uk/~sgtatham/putty/download.html

1 - winScp (baixa a versão portable dele, descompacta, abre)
1.1 - conecta no servidor com usuário e senha
1.2 - copia a chave id_rsa para a sua máquina
 photo Capturadetelade2014-01-09024103_zps84256157.png

2 - puttygen
2.1 - abre, importa a chave
2.2 - exporta como pkk
 photo Capturadetelade2014-01-09030101_zpsea86a57f.png

3 - Putty
3.1 - abre
3.2 - preenche servidor e porta
3.3 - Connection > SSH > Auth coloca o local da chave pkk
3.4 - Connection > Data coloca o usuário
3.5 - Salva a sessão para não precisar fazer isso toda hora
3.6 - aceita a chave de segurança
 photo Capturadetelade2014-01-09031503_zps3c01d787.png

4 - WinSCP
To com sono, no winscp faz assim
4.1 - Preenche o Hostname, usuário, porta
4.2 - clica em Advanced
4.3 - SSH > Authentication
4.4 - faz igual o 3.3 do putty
4.5 - clica em OK
4.5 - clica em Save as.. e salva a sessão


Durma o que restou da noite...